segunda-feira, 18 de julho de 2011
terça-feira, 5 de julho de 2011
Hollow - Balanço
Um ano em Coimbra. Falta-me uma oral para o final desta aventura, ou melhor da primeira fase desta maratona. A Mi, a Mags também em Coimbra e a Jay na sua Braga. Quão grande o caminho que foi feito. A distância a que nos encontramos das pessoas que éramos quando criámos este blogue é quase... inimaginável. Uma pessoa fica sempre surpresa com o que uma só pessoa cresce durante um ano. E, ano a ano vamos procurando ser pessoas mais adaptadas, mais ensinadas. Claro que isso não passa de mera quimera. De certa forma, estamos sempre a começar-nos a adaptar visto que as circunstâncias mudam de hora para hora, de dia para dia. E ás vezes, as mudanças aparentemente mais pequenas são as mais significativas na nossa vida e, acima de tudo, na pessoa em que nos transformamos. Cada um de nós é mais fénix que propriamente humano. Cada um de nós renasce. Só que nós renascemos em slow motion. Cada parte de nós renasce um pouco todos os dias. E por isso estamos em constante mutação. E é por isso que hoje podemos afirmar com a máxima certeza que os dementes mudaram. Os dementes já não são quem eram porque a nossa identidade, tal como tudo, não nos pertence.
Mas essa identidade, por mais mudada, não vai nunca deixar de existir. Palavras foram ditas, discussões foram resultar em separações, tristezas passaram com uns ao lado dos outros. Novas alegrias foram encontradas, novas tristezas, novas experiências, novos seres. Todo um processo de descoberta a que os dementes não ficaram imunes mas a que a demência não entendeu. Hoje, aqui, no blogue que todos nós criámos fica, por isso, um apelo. Um apelo a que apesar de a demência, como tudo o que se recusa a evoluir, estar morta, consigamos continuar a ser dementes. Porque ser demente não é ser louco, não é ter falta de limites, não é passarinhos ao canto nem mamonas assassinas, não é "o teu cabelo é giro" nem burguer ranches numa escada, não é o Leitão com uma guitarra ou uma rotina de ginástica acrobática no mínimo assustadora (XD). Ser demente é a capacidade de ser mais e melhor. É a capacidade de viver a vida ao seu máximo. É a capacidade de encontrar soluções diferentes para problemas iguais. Ser demente é a capacidade de estar unido embora sejamos diferentes. É unirmos-nos embora separados. É ser cada um, da sua forma muito própria, alguém que recorda o que partilhámos, do que sonhámos, dos castelos que fizemos e desfizemos, das experiências que partilhámos, das pessoas que fomos e das pessoas em que nos tornámos.
E, por tudo isto, hoje, ás três e dezasseis da manhã do dia seis de julho de dois mil e onze, despeço-me da demência. Mas não me despeço dos dementes. Esses estão aqui comigo, agora e para sempre. E fica por isso um apelo, um apelo a que nunca deixemos de ser dementes. E que nunca deixemos de ser dementes juntos... Em palavras imortais:
«Shows that we ain't gonna take it
Shows that we ain't gonna stand shitShows that we are united
Round my hometown, Memories are fresh
Round my hometown, Ooh the people I've met»
Adeus Demência :'(
Olá de novo Dementes :D
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